Polícia prende empresários da construção civil acusados de tráfico internacional de drogas
Rio de Janeiro – A Polícia Civil do Rio desarticulou uma quadrilha de tráfico internacional de drogas e apresentou hoje (19) seis homens suspeitos de financiar o transporte e lucrar com o fornecimento de drogas do Paraguai para os chefes do tráfico no Rio de Janeiro, em São Paulo e em estados do Nordeste. Entre os presos há empresários ligados à construção civil e ao mercado de seguros. Segundo a polícia, o grupo tinha ramificações em três estados. Dos oito mandados de prisão expedidos pela Justiça, sete foram cumpridos ontem durante a Operação Sem Fronteiras.
Segundo o delegado Felipe Curi, que chefiou a operação, a quadrilha agia em Brasília, Campo Grande (MS) e São Paulo. As investigações começaram a partir do levantamento da movimentação financeira de traficantes presos em janeiro deste ano com um carregamento de 1 tonelada de maconha na favela da Grota, no complexo de favelas de Manguinhos, zona norte do Rio. Na ocasião, a polícia encontrou uma agenda que detalhava movimentações financeiras entre maio de 2009 e janeiro de 2010. De acordo com Curi, só na favela de Varginha, em Manguinhos, os traficantes movimentaram quase R$ 17 milhões em oito meses.
“O objetivo da Polícia Civil é, agora, seguir o dinheiro desses elementos. Ou seja, onde esse empresários, construtores que eram da alta sociedade, guardam o dinheiro auferido com a venda de droga”, disse Curi.
Durante a operação policial em Brasília, um prédio inteiro da construtora Confel foi revistado por agentes. Os irmãos Daniel e Estevão Vieira Dias foram presos, mas um terceiro integrante, que atuava no Distrito Federal (Jorge, cujo sobrenome não foi divulgado), permanece foragido.
O delegado afirmou que eles andavam em carros de luxo, ostentavam riqueza e administravam os negócios da construtora normalmente. A empresa, segundo a polícia, teria como negócio principal a lavagem de dinheiro do tráfico.
Em São Paulo, a operação resultou nas prisões de Luciano Sacramento dos Santos e Raphael Souza Antunes, este último apontado pelo delegado como o principal fornecedor de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, e do Comando Vermelho, no Rio, duas das mais poderosas facções do crime organizado.
Edição: Vinicius Doria
Fonte:Agencia Brasil
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