Quando se fala em dependência química, a preocupação maior é com as drogas ilícitas, cocaína, maconha, crack, ecstasy, entre tantas outras. No entanto, o grande inimigo está camuflado sob o manto do socialmente aceitável.
O álcool nem sequer é considerado uma droga que causa dependência física e psicológica por grande parte da sociedade.
Sua venda é livre e ele integra a cultura atual ligada ao lazer. Uma reunião em casa de amigos, o happy hour depois de um dia estafante, a balada de sábado á noite, a paradinha no bar na saída do escritório não têm sentido algum sem a bebida alcoólica.
O efeito relaxante das doses iniciais, porém, desaparece com o aumento do consumo. Se o convívio com uma pessoa embriagada incomoda, isso não é nada diante dos males que o álcool pode causar e que não se restringem às doenças do fígado.
A inabilidade emocional que num instante transforma o alcoolista risonho num indivíduo violento é responsável não só pelo aumento da criminalidade, mas também pela desestruturação de muitas famílias.
Beber com moderação é possível, mas raros são os que reconhecem estar fazendo uso abusivo e nocivo do álcool. Muitos ainda não são dependentes, mas correm riscos que deveriam e poderiam ser evitados.
Não se pode esquecer de que a grande maioria dos acidentes de trânsito ocorre quando está no volante uma pessoa alcoolizada.
Portanto, define-se o alcoolismo como o consumo excessivo, duradouro e compulsivo de bebidas alcoólicas, o qual degrada a vida pessoal, familiar, profissional e social do indivíduo. A boa notícia é que existe tratamento para o alcoolismo, através de profissionais sérios e metodologias assertivas, aplicadas de acordo com o perfil de cada um.
O grande objetivo do tratamento é recuperar completamente a vida do paciente, a fim de mante-lo sóbrio, saudável, produtivo, com positivas relações familiares, sociais e profissionais.