Psiquiatra defende ação repressiva contra o crack
Diário do Nordeste
Em palestra da sede da Polícia Civil, o médico paulista Jaber Filho fez uma vasta explanação sobre os efeitos do crack.
A repressão como um caminho eficiente para a redução do consumo de crack no País é defendida pelo médico psiquiatra Jorge Antônio Jaber Filho em palestra na Polícia Civil do Ceará.
"O papel da Polícia na política antidrogas prevê ações de repressão e prevenção. A repressão sempre desperta um nível de antipatia, rejeição. A Polícia se depara com o problema de forma muito confrontadora, sempre. Os policiais têm que ter consciência desta sobrecarga quando trabalham no combate às drogas", avalia.
Para o médico - formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e pós-graduado em dependência química pela Harvard Medical School - o crack é, sem dúvidas, a droga mais devastadora. "Crack é cocaína em uma apresentação mais deteriorada. É fumado e agride tecidos nobres como traqueia, brônquio e pulmão", destaca. Segundo o especialista, o uso de crack tem motivado 70% dos pedidos de ajuda em centros de tratamento. "Infelizmente, temos observado que, não há recursos em nenhuma grande capital do País para lidar com isso. Temos que criar novos recursos", pondera o especialista.
Jaber trabalha com o tratamento de dependentes químicos junto às redes pública e particular e é precursor da internação involuntária no País. "O crack não tem classe social, temos atestado isso no número de pacientes na clínica particular". A palestra do médico na sede da Polícia Civil foi concorrida.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
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