Legalização da maconha é debatida em Brasília

O Povo Online
Pesquisa do canabidiol, substância da maconha, foi sugerida no congresso. A legalização em si da droga continua sem falta de consenso .

Tema tão em voga nos últimos tempos, a maconha não é campo de consenso entre cientistas, médicos, grupos pró e contra, principalmente pela complexidade e abrangência das áreas que perpassa. E, nesta situação, debates e trocas de conhecimento estão sendo os caminhos trilhados, por ora.

A Associação Brasileira de Psiquiatria inclui no XXXII Congresso Brasileiro de Psiquiatria a legalização da maconha em suas discussões, assunto que já se posicionou de forma contrária. E, na tarde de ontem, em Brasília, a conferência sobre o tema fez com que médicos, estudantes e outros participantes lotassem o auditório com capacidade para 650 pessoas, além de outras muitas sentadas pelos corredores e escadas do local.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), relator de projeto de lei de iniciativa popular que tem como foco a maconha na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, esteve presente na conferência para ouvir os posicionamentos dos pesquisadores.

Ele afirmou que, atualmente, possui mais perguntas sobre o tema do que no início do processo de discussão. Segundo o senador, entre muitas discordâncias dos vários grupos ouvidos durante as audiências públicas, o ponto em que se está mais próximo de um entendimento é a necessidade de avançar no uso de remédios com substâncias como o canabidiol em pacientes com diversas doenças.

Somente este ano, 113 pedidos de importação de medicamentos à base de canabidiol para diferentes tratamentos foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Estou convencido de que para o uso medicinal temos que avançar”, reiterou o senador.

Segundo Cristovam Buarque, o tema envolve muitas divergências porque não está resolvido ainda pela ciência e pela moral, ficando assim a política órfã (de respostas). O senador afirmou ainda que, se chegar ao final do processo sem respostas, indicará que o assunto tem que continuar a ser estudado.

Pesquisar mais

A conferência contou com pesquisadores brasileiros renomados e a batalha foi de abordagens, artigos e pesquisas científicas com diferentes resultados e de diferentes áreas. Apesar de muitos dados e opiniões, o consenso maior é de ser preciso pesquisar mais, de forma cada vez mais profunda e incluir o fator humano e não só médico para que haja uma abordagem minimamente consensual do assunto.

O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, diretor do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, apontou que 3,5 milhões de pessoas usaram maconha em 2013 no Brasil e 2,8 milhões drogas como a cocaína e o crack. Segundo a pesquisa, afirmou, 41% dos usuários de maconha usam cocaína e 70% dos usuários de cocaína usam maconha.

Para ele, o caminho é a “intolerância às drogas e tolerância ao usuário”. O médico e pesquisador Elisaldo Carlini comentou que diversas pesquisas apontam que o uso da maconha tem resultados terapêuticos positivos no tratamento de dores como as neuropáticas e miopáticas, por exemplo. “Eu acredito realmente nas propriedades médicas da maconha”, afirmou.

Segundo ele, em discussões recentes com a Anvisa houve uma indicação de que, pelo menos, iria ser modificada a posição do canabidiol da lista de proibição para uma lista de produto que pode ser usado como medicamento, o que ainda não aconteceu.

Já para o psiquiatra e pesquisador Valentim Gentil, a questão é muito mais complexa do que está se propondo. Ele alertou que, quanto menor a percepção de risco (do uso da maconha ou de outras substâncias), maior o consumo e, por isso, há de se ter cuidado com a forma como o assunto é tratado.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

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