Estudo aponta Brasil como principal consumidor de anorexígenos

Segundo a pesquisa, o consumo per capita de remédios para emagrecer no Brasil está quase 40% mais alto do que nos Estados Unidos. Após o Brasil, as maiores taxas de consumo desses medicamentos foram verificadas na Argentina, na Coréia do Sul e nos Estados Unidos. A produção dessas substâncias, conhecidas como anorexígenos, vem crescendo no país, e o rendimento aumentou 20% de 2004 a 2005.

“No ano passado, o mundo foi testemunha da morte trágica de uma modelo brasileira, que teve um colapso devido à anorexia. Os anorexígenos são usados indiscriminadamente para alimentar a obsessão pela magreza que afeta certas sociedades”, contesta, em comunicado à imprensa, Phillip Emafo, presidente da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes – Jife –, órgão independente com sede na Áustria e que trabalha para o Escritório Contra Drogas e o Crime da ONU. “É necessária uma intervenção eficaz por parte das autoridades locais para conseguir reverter essa tendência”, completa Emafo.

O diretor da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Norberto Rech, reconheceu o problema e afirmou que estão sendo tomadas medidas para inibir e controlar o uso de medicamentos para perder peso. A Agência pretende tornar mais rígida a prescrição médica e implantar, ainda este ano, um sistema nacional de gerenciamento de remédios com venda controlada. “Com certeza o sistema vai impactar no uso. Se identificarmos uma região onde o consumo é maior que o normal, faremos ações para descobrir os motivos e, se necessário, poderemos até pedir auxílio da polícia federal”, afirmou o diretor da Anvisa.

A Agência está fazendo ainda campanhas com médicos sobre as conseqüências do uso excessivo dos anorexígenos e realizando um controle mais rígido sobre os fornecedores de matérias-primas e produtores dos medicamentos para emagrecer. “A elevação desse consumo tem impacto importante de saúde pública no país. O Brasil tem um parque produtivo muito grande e nós, talvez, tenhamos que discutir a redução das cotas de produção e de fornecimento de insumos para a produção desses medicamentos”, finaliza Rech.

Uso de drogas avança

O país também registrou um aumento no consumo de diversos tipos de drogas entre 2001 e 2005. Segundo o secretário Nacional Antidrogas, Paulo Roberto Uchoa, o uso de drogas, exceto álcool e tabaco, avançou de 19,4% para 22,8% nesse período, de acordo com dados do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - Cebrid. O secretário afirmou que apesar do aumento no consumo de drogas lícitas e ilícitas, o uso ainda está abaixo da média internacional.

Em 2001, segundo os dados do Cebrid, 6,9% dos brasileiros revelaram que tinham fumado maconha. Em 2005, o percentual subiu para 8,8%.

O uso de cocaína no Brasil também avançou de 2,3 para 2,9% da população. “O Brasil não é uma região produtora, é uma região de transição. O problema é que fazemos fronteira com regiões produtoras como Colômbia, Paraguai, Bolívia e Peru”, afirmou o secretário. Segundo ele, o consumo de drogas lícitas também aumentou entre 2001 e 2005 no Brasil. Em 2005, 74,6% dos brasileiros já tinham consumido bebida alcoólica ante 68,7% em 2001.

“Há uma ampla discussão no governo sobre o consumo de álcool, que é uma droga lícita e seu controle é mais difícil. O álcool gera violência doméstica, violência no trânsito e a violência propriamente dita”, completa Uchôa.
Autor: Reuters Brasil
Fonte: OBID

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